[Setembro Amarelo]
Mês de conscientização e prevenção ao suicídio
![[IMG]](http://66.media.tumblr.com/d159c9044b959efc06ca45fed5a1dda8/tumblr_nu47u6uiGp1uup5gho1_1280.jpg)
Alguns meses são simbólicos para a divulgação e o combate de certos problemas, como o mês de outubro, que, para falar sobre o combate ao câncer de mama, virou Outubro Rosa. Ou então o Novembro Azul, que serve para discutir o câncer de próstata. Com o mês de setembro não é diferente, ele pode ser conhecido por Setembro Amarelo e traz à luz um assunto muito importante: o suicídio. O movimento do Setembro Amarelo é mundial e ocorre no Brasil desde 2014.
Ele tem duração de 30 dias e foi escolhido para acontecer no nono mês do ano, pois o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Ele foi trazido ao Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). O Setembro Amarelo é importante, pois o suicídio ainda é um assunto tabu em nossa sociedade, mesmo levando mais de 800 mil vidas por ano. As pessoas não falam sobre isso, mas não impede que seja uma prática comum.
O suicídio precisa começar a ser encarado como um problema de saúde pública. A prática que acaba com vidas e destrói famílias tem crescido cada vez mais em todo o mundo. Foi pensando em uma forma de prevenir esse problema que nasceu a campanha Setembro Amarelo.
![[IMG]](http://www.11alive.com/img/resize/content.11alive.com/photo/2016/09/07/suicide_1473266021981_5956440_ver1.0.jpg?preset=534-401)
Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 804 mil pessoas se mataram no ano 2012 em todo o mundo - uma taxa de 11,4 para cada 100 mil habitantes. Isso significa um suicídio a cada 40 segundos. A "violência autodirigida", como o suicídio é classificado pela OMS, é hoje a 14ª causa de morte no mundo inteiro. E a terceira entre pessoas de 15 a 44 anos, de ambos os sexos. Não pode mais ser ignorada.
Dados da OMS também indicam que o suicídio geralmente aparece associado a doenças mentais - sendo que a mais comum, atualmente, é a depressão, responsável por 30% dos casos relatados em todo o mundo. Estima-se que uma em cada quatro pessoas sofrerá de depressão ao longo da vida. Entre os subtipos, a depressão bipolar - em que fases de euforia e apatia profundas se alternam - parece ser a de maior risco. O alcoolismo responde por 18% dos casos de suicídio, a esquizofrenia por 14% e os transtornos de personalidade - como a personalidade limítrofe e a personalidade anti-social - por 13%. Os casos restantes são relacionados a outros diagnósticos psiquiátricos.
![[IMG]](http://i.imgur.com/2ulpSCT.jpg)
Lembram dele? O ator tirou a própria vida em 2014.
Embora as mulheres sejam mais propícias a ter pensamentos suicidas que os homens, as taxas de suicídio masculino são mais elevadas. E os métodos que eles usam são mais definitivos e violentos, como uso de arma de fogo e enforcamento. Em média, ocorrem cerca de três suicídios masculinos para um feminino - com exceção de algumas regiões da Ásia, em especial na China, onde o número de mulheres que se matam supera o de homens e há mais casos no meio rural que nas cidades -, o que também contraria o padrão mundial.
![[IMG]](http://acsh.org/wp-content/uploads/2015/12/suicide.jpg)
Centro de Valorização da Vida (CVV), uma entidade não-governamental de atendimento humanitário criada há 40 anos e presente em todo o Brasil. O CVV segue os moldes dos Samaritanos, de Londres, uma entidade fundada no início dos anos 1950 para atender pessoas angustiadas que precisavam de apoio psicológico. Todos os voluntários são treinados para ouvir seus interlocutores (por telefone, carta, e-mail ou pessoalmente) sem nenhum tipo de julgamento e respeitar sua decisão, mesmo que seja a de cometer o suicídio. "Respeitamos o sofrimento de quem nos telefona. Ele tem a liberdade de falar sobre o que quiser durante o tempo que for necessário", conta Adriana, voluntária do Posto da Vila Carrão, em São Paulo, e assessora de comunicação do CVV. "Estamos disponíveis para ouvir o que cada um tem a dizer sobre seus medos, dificuldades e angústias e ajudar a revalorizar a própria vida."
O serviço atende, em média, 1 milhão de ligações por ano. Isso revela a necessidade que as pessoas têm de falar sobre seus conflitos. Quando o assunto é suicídio, abrir-se pode ser terapêutico.
A experiência do CVV, dos Samaritanos e de outros programas semelhantes demonstra que o primeiro passo para evitar o suicídio está no resgate do sentido da existência. "O que motiva o suicida é a falsa idéia de que sua vida não tem mais valor nem para si mesmo nem para os outros", diz Renold Blank. O verdadeiro desafio parece fazer com que as pessoas percebam que sempre existe saída, não importa a situação. Que há como se reinventar e trabalhar em si mesmo aspectos de que gosta menos. Que nossa vida é importante para os outros também. E que sempre há alternativa, mesmo que, a princípio, seja dolorida. Afinal, a única coisa para a qual não há remédio é a morte.
![[IMG]](http://i.imgur.com/uf0NUcz.jpg?1)
"Me prometa que sempre se lembrará de que você é mais forte do que acredita, mais forte do que parece e mais inteligente do que você acha!"
E para finalizar, se você estiver com algum problema (familiar, emocional, qualquer um!), casos de ansiedade, depressão ou transtorno de humor e queira conversar sobre isso ou qualquer outra coisa eu estarei disponibilizando minha Caixa de Mensagens aqui no Fórum. Uma simples conversa pode mudar seu dia, experimente!
E se você conhece alguém que está passando por algum momento difícil na vida, não se limite: dê um bom dia, um comprimento! Faça-o sentir que você o apoia e que estará disponível pra ajudá-lo.
^^ Cuide-se