Introdução
Nesta pequena matéria (feita pra quem tem preguiça de ler) nós vamos entender porque é tão difícil escalar o monte Evereste, também conhecido como zona da morte, que já acumulou mais de 150 corpos lá em cima.
Durante o texto, vão aparecer algumas letras azuis, que contém algumas curiosidades.
Primeiro de tudo, é uma questão de habito. A não ser que você seja um "Sherpa"(povo nativo da região do Imalaia), chegar ao topo do monte evereste só foi possível em 1953, quando começaram a vender oxigénio engarrafado(coca cola).
A falta de ar
Para entender a falta de ar, precisamos entender a pressão atmosférica, que é o resultado de todo o peso do ar acima pressionando o ar embaixo, por isso, mesmo que a concentração do oxigénio seja constante em qualquer altitude(21%), quanto mais alto vamos menor a pressão total do ar, que por sua vez resulta em menos oxigénio para respirar.
A 5,5km(que é ainda mais baixo que o acampamento base do Evereste, a pressão do ar é metade do que encontramos ao nível do mar.
A 9km de altitude, um pouco mais alto que o pico, ela é de 30% em relação ao nível do mar(muito próximo do limite que mantém o ser humano vivo). Sem falar do vapor de água liberado nessa altitude do pulmão, dificulta ainda mais a sua absorção.
[Por isso a cabine do avião precisa ser personalizada á medida que sobe]
A aclimatação
Acima dos 3km de altitude, quem não está aclimatado já fica ofegante por falta de oxigénio, e acima dos 4,5 já é o suficiente para fortes dores de cabeça, tontura, formigamento, enjoo e até comprometimento do raciocínio[praticamente uma gravida]. Só depois de alguns dias numa altitude dessa, o seu batimento cardíaco e a frequência respiratória começa a se acertar, mas só depois de meses você se habitua, em que aumenta a produção de células sanguinias e até de vasos capilares para conduzir esse sangue pelo corpo. Mesmo assim, uma pessoa aclimatada nunca vai chegar ao desempenho físico de um nativo de altitudes.
[Desportistas treinados não conseguem levantar o mesmo peso que garotinhas ou velhinhos sherpas]
Chegando ao topo
A partir dos 8km a pressão do ar é tão alta que não é possível se aclimatar.
Cada minuto nessa altitude causa mais deterioração do que o corpo pode regenerar (eles precisão de maçã capiroto), por isso essa zona é chamada de ZONA DA MORTE. Essa altitude não suporta quase nenhuma forma de vida, nem de plantas nem de animais complexos.
Perto do topo do Evereste se consome mais oxigénio do que ao nível do mar, devido ao esforço e ao frio. No inverno, lá pode passar até dos 30 graus negativos, e o vento ainda piora tudo isso. A quantidade de oxigénio para quem tá respirando ali é muito menor. Qualquer um escalando sem cilindro de ar, precisa parar a cada 10 ou 15 passos para descansar! Correr numa altura dessa é impossível. Mais de 200 pessoas morreram tentando escalar.
Quem disse que o inferno tem
que ser quente, e lá em baixo?
Até 1996, 1 a cada 4 pessoas que tentaram subir morreram, e a maioria delas descendo do topo, mas os corpos continuam lá em cima.
Quando alguém morre acima dos 7km, trazê-lo para baixo não é só difícil, é um esforço que mata quem tenta ajudar também.
[Oque terminou criando um cemitério bizarro lá em cima, chamado "Vale do arco-íris", que tem esse nome por causa dos casacos coloridos dos alpinistas mortos, que acabou virando ponto de referência na escalada. Além disso, lá eles não dizem "RIP", e sim "RIPF" que é a abreviação de "Rest in Frozen Peace".]
Fonte:
videos do youtube.com