[hr] [hr] Violência Doméstica [hr] O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse em entrevista esta semana que é “preciso ver qual foi o motivo” que levou o secretário municipal de Coordenação do Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, a agredir a ex-mulher, Alexandra Marcondes. Embora pareça mentira que uma pessoa seja capaz de insinuar que possa haver justificativa para um homem agredir fisicamente a própria parceira, a reação do governador não é rara nem novidade. Nossa sociedade justifica e aceita a violência doméstica há tempos. Quando eu era criança, perto da casa dos meus tios morava um casal que tinha brigas homéricas de madrugada. A vizinhança evitava falar no assunto, pois muitos consideravam briga de marido e mulher um assunto privado. Mesmo assim, frente aos constantes pedidos de socorro da esposa, alguém um dia chamou a polícia. Amedrontada, a moça não quis prestar queixa e nada foi feito. Até hoje me lembro dos gritos desesperados daquela mulher. Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e divulgada em uma série de estudos publicada pela revista médica The Lancet em 2014, um terço das mulheres sofre violência conjugal no mundo. Isso significa dizer que de cada três mulheres que habitam o planeta Terra uma foi ou será vítima de violência por parte do parceiro. Há vários motivos para o grande número de casos de violência doméstica, entre eles: práticas machistas que fazem com que homens considerem a mulher sua propriedade, acesso restrito das mulheres à saúde e educação, baixo índice de participação feminina na política e estruturas discriminatórias de políticas e instituições. Como reduzir os altos índices de violência de gênero a que nos habituamos? A primeira medida a ser adotada pelos países, segundo os pesquisadores, é reconhecer como prioridade a necessidade de combater a violência contra mulheres e meninas e assumir que ela impede o desenvolvimento das sociedades em todos os âmbitos. Para isso, é necessário o investimento de recursos financeiros em intervenções e programas eficazes no combate e na prevenção da violência. É importante, também, mudar as leis e políticas que ajudam a perpetuar a violência. O modo como sociedades do mundo todo, amparadas em leis perversas, aceitam esse tipo de violência é deplorável. São necessárias políticas de intervenção nas áreas da saúde, educação e segurança para evitar a violência e, quando isso não for possível, acolher a mulher de fato. Ao contrário do que pensavam os vizinhos dos meus tios, a violência contra a mulher não é um problema privado, que deve ser resolvido em casa e empurrado para debaixo do tapete da sala. É preciso denunciá-la sempre, pois somos todos responsáveis por ela. [hr] [hr] fonte: Quebrando o Tabu
Eu lembro de quando você era do jornal, mas se quer postar matérias como membro OK, sugeri que entrasse no jornal de novo pq suas matérias tem bastante conteúdo e artigo de opinião
Já perguntei em outros tópicos "o que pode ser considerado estupro? Um marido que faça sexo forçado com sua esposa deixaria de ser estupro por serem cônjuges?" Até hoje tô esperando que ALGUÉM DÊ UMA resposta... :serious:
bom, na minha visão, qualquer tipo de relação sexual sem o consentimento de uma das pessoas, é estupro.