Se você chegou aqui achando que vai ler uma análise de algum jogo hypado da Rockstar Games (tipo aquele que o cara rouba carros), pode sair do tópico. Hoje a análise vai ser sobre o melhor jogo disparado de PS2 e a joia esquecida até pela própria Rockstar (por favor façam logo a sequência): Bully!
A história do jogo começa quando o protagonista, Jimmy, é deixado no portão da Bullworth Academy pelos seus pais, com a desculpa de tentar corrigir o garoto. Depois de ser expulso de TODAS as escolas da região, eles acham que essa vai ser a escola milagrosa responsável por colocar o filho no eixo. Sinceramente, o cara é um sociopata com cicatriz de faca na testa, nem uma prisão de segurança máxima vai corrigir esse daí.
(olha a cara desse maluco, já deve estar rico só pegando o dinheiro do lanche de nerd)
Ainda no início do jogo, ele conhece mais dois personagens: Gary (com claros sintomas de bipolaridade e arrogância) e Pete (o mais fraco da escola, mas com toda certeza ele foi o mais bem-sucedido depois de formado. Estudem, crianças). No decorrer do jogo, você conquista mais amigos e inimigos (bem mais inimigos, pra ser sincero) e vai fazendo as missões mais simples até as mais absurdas, tipo ir no vestiário das meninas pra roubar calcinhas escondido e organizar sessões de clube da luta.
Eu resumo em uma só palavra: sensacional. Você pode fazer praticamente tudo que já sonhou em fazer na vida real. Bater em metade da escola, dar cuecão no professor, jogar biribinha no refeitório, reprovar em todas as matérias, e claro, paquerar aquela tua professora de artes. Falando sério, a jogabilidade é bem simples.
(controla o personagem)
(faz o personagem correr)
(movimenta a câmera)
(dá um soco)
(pula)
(se usado perto de algum NPC, abre algumas alternativas com a ajuda das setinhas, como conversar/agarrar/empurrar/atacar)
(entra em modo de defesa)
(movimenta o menu de armas pra esquerda)
(arremessa um objeto)
(movimenta o menu de armas pra direita)
Os gráficos são tão bons que existem mods disponíveis na internet pra textura ficar aceitável. As roupas dos personagens são tão duras que chega a ser desconfortável pra quem joga. O rosto dos NPCs parecem ter sido esculpidos em pedra-sabão. A textura da água é tão excelente que as ondas do mar vem com um certo delay.
Eu me recuso a falar de cada um deles. Já disse o suficiente. Só reitero que são um bando de problemáticos, nem os NPCs se salvam. Nem as criancinhas.
A sonoridade salva o jogo todo. De verdade. Tem um ritmo pra cada situação. Os sons de perseguição, por exemplo, não são os mesmos. Se você tá correndo dos policiais, o som é um. Se você está sendo perseguido por um transeunte, o som é outro. Genial. E cada fase tem sua música tema, assim como cada aula de cada matéria.
- As musiquinhas
- A liberdade que o jogo dá pra explorar toda a cidade, não se limitando ao interior da escola
- As fases e as
side quests dos NPCs
- O gráfico feito de má vontade
- O fato de que esse jogo não vai ter uma continuação
História: 7
Jogabilidade: 5
Gráficos: 0,5
Personagens: 8
Som: 10
Total: 4
Se minha análise não te motivou a jogar essa obra-prima, não sei o que mais vai te motivar. Aposto que tá na espera daquele sexto jogo hypado que anunciaram faz uns dias. Enquanto isso esse jogo agoniza no esquecimento. É culpa sua. Tá feliz?
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Peguei aqui, tá sem o nome