[SIZE=14pt]Cena #2: Aparências[/SIZE]
[SIZE=12pt]Os jovens que foram levados para a delegacia foram Rafaela, Rogério, Christina, Júlio, Sabrina, Karen, Karina. O grupo de cinco pessoas que também estavam no momento era: André, de 24 anos, estudante de engenharia; Carolina e Mateus, os dois de 27 anos, formados juntamente com Rafaela; Gabriel, de 26 anos, fotógrafo; e Davi, de 29 anos, web designer. Todos eles estavam aterrorizados com toda a situação e por serem suspeitos. Sabrina não conseguia ficar sem chorar, tentava dizer que não era culpada, mas as palavras misturavam-se com o seu choro. Depois de alguns instantes, um policial veio até eles e disse que seriam interrogados. André estava nervoso, dizia em voz alta que não tinha nada a ver com aquilo tudo e exigia que fosse liberado, mas sem sucesso. Rogério tentava falar com André para se acalmar, mas este só ouvia quando o policial ameaçava prendê-lo. Foram chamados para o interrogatório de três em três. Rafaela, Rogério e Christina foram os primeiros. Na sala estavam o delegado, um escrivão e um policial, provavelmente o interrogador.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Olá. Eu sou o Detetive Carlos, ali está o Delegado Hugo Morgado e o escrivão João Ferreira. Sabem por que estão aqui certo? Você, rapaz (apontando para Rogério) poderia nos dizer o que estava fazendo na hora do assassinato?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rogério): Eu estava com a Rafaela o tempo todo. Desde o começo da festa, saí apenas para pegar umas bebidas e talvez usar o banheiro, sei lá.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rafaela): Sim, isso é verdade. Ficamos juntos praticamente desde o começo.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Vocês conheciam a vítima, a Érika, há muito tempo?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rafaela): Ela se mudou pra vizinhança acho que faz dez anos mais ou menos. Ela e Sabrina eram muito apegadas, já que parece que as duas já eram amigas de infância antes de conhecê-las.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Você, Christina não é? Você conversou com a Érika durante a festa?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Christina): Na verdade não. Fiquei junto com o Júlio, o DJ da festa durante quase todo o tempo.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): “Quase”?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Christina): Sim. Enquanto ele estava tocando as músicas eu fiquei na sala de estar junto com as gêmeas Karen e Karina, que estão ali fora também.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Eu gostaria de perguntar algo para vocês três em especial e gostaria que conforme eu conto confirmassem se é verdadeiro ou é falso, certo? Ano passado, no campus da Universidade Morumbi, da qual vocês estudavam, houve um incidente parecido.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rogério): Sim, mas na verdade eu não estudei lá. Eu estava lá com a Rafaela apenas.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Certo. De acordo com o que a nossa Rafaela disse depois de tudo, vocês três tinham saído do período de aulas e foram para o ginásio, correto? Eu gostaria que me explicassem o motivo.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rogério): Também foi por minha causa. Como sou nadador profissional e elas me disseram que tinha uma piscina do lado da quadra do ginásio, achamos legal ir lá mergulhar depois de conversar um pouco sobre a minha profissão. Só que quando chegamos lá, perto da arquibancada haviam... Nem sei descrever direito... Cadáveres, na verdade o resto deles. Pareciam mutilados. Conseguimos reconhecer mesmo na hora duas pessoas por causa do estado, mas era muito sangue para saber realmente, sem contar o susto que tomamos.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rafaela): Eu não consigo me esquecer daquilo...[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Não foram apenas duas pessoas ali... Eram seis.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Christina): Oh meu Deus![/SIZE]
[SIZE=12pt](Rogério): Mas o quê...?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): As investigações levaram a esse número espantoso. A situação dos corpos, como viram na hora, era deplorável. Algum maníaco insano fez aquilo, e com o que aconteceu agora, achamos seriamente que não foi apenas aquele ataque.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rafaela): Está nos dizendo que isso vai acontecer de novo?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Infelizmente é uma possibilidade que vamos fazer o máximo para não acontecer. Não houve tempo para investigações profundas na cena do crime contra a vítima Érika, mas soubemos que muito provavelmente ela foi esfaqueada até a morte, tentando lutar contra o assassino em vão. A situação do quarto também mostra que houve uma briga intensa, o que resultou, por exemplo, na cortina ensanguentada e puxada para o chão. O que estavam fazendo na hora em que isso aconteceu?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rogério): Estávamos todos os doze na sala de estar vendo um filme, quando a Sabrina notou que Érika não estava ali e resolveu procurar. Quando ela viu Érika no quarto daquela forma gritou tanto que nos assustou, e corremos para ver o que era. Ela estava com as mãos cheias de sangue.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Sabrina estava com as mãos cheias de sangue então, é isso?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rogério): Sim, mas antes mesmo que pergunte nós conhecemos a Sabrina também a um bom tempo, não achamos que ela poderia ter feito tudo isso ou muito menos vimos comportamento psicótico em qualquer outra situação.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Entendo. Acho que já temos a situação descrita com vocês três. Mais alguma coisa que querem acrescentar? Se lembram de alguma coisa, algo que Érika pudesse ter dito antes de morrer, se ela sabia que tinha alguém atrás dela.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rafaela): Na verdade, quando ainda tinha muita gente na festa, Sabrina veio conversar comigo para falar que tinha vindo com a Érika, sabe, apenas pra me cumprimentar. Só que depois que ela saiu um rapaz estranho veio conversar comigo. Ele me disse que Sabrina queria na verdade saber o que eu tinha visto no campus naquele incidente, e que eu deveria tomar cuidado por que como eu que contei mais para a polícia tudo o que aconteceu ano passado alguém querer me fazer mal. Ele saiu antes que eu pudesse perguntar o nome dele, e com essa conversa estranha eu não pude perguntar antes.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Está certo. Você, Rogério, e a Christina estão liberados. Preciso que a Rafaela venha comigo até a outra sala para fazermos um retrato-falado deste rapaz.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Rogério): Está certo, mas eu gostaria de ficar com a Rafaela.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Preciso apenas dela. Você pode esperar lá fora com a sua amiga.[/SIZE]
[SIZE=12pt]Rogério e Christina saem da sala enquanto Rafaela é conduzida até a outra sala. O Detetive Carlos pede para ela descrever da maneira mais detalhada possível como era o tal rapaz. Depois de algum tempo, Rafaela é liberada e se encontra novamente com Rogério e Christina. O detetive chama dessa vez Júlio e as gêmeas Karen e Karina. O detetive se apresenta e começa a fazer perguntas:[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Algum de vocês teve contato com a vítima antes do ocorrido?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Júlio): Na verdade não. Até aonde eu sei a Érika ficou com a Sabrina praticamente a festa toda. Pra ser sincero, eu nem sabia que ela estava na festa até acontecer aquilo com ela.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Karen): Eu e a Karina ficamos na sala de estar juntamente com a Christina a maior parte do tempo. Depois, fomos até a cozinha, pegamos algumas bebidas e voltamos pra lá, onde eles estavam assistindo um filme. Depois disso nos juntamos à eles e ficamos por lá.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): No depoimento da senhorita Christina, foi dito que você Júlio esteve com ela quase a festa inteira, está correto?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Júlio): Sim. Como eu fui o DJ da festa, fiquei tocando as músicas boa parte do tempo, mas depois quando eu resolvi sair fiquei com a Chris e pouco tempo depois a gente foi pra sala assistir o filme.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Então, vocês três ficaram com a Christina?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Júlio): Pelo visto sim, mas em momentos diferentes.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Karina): Pois é... Eu mesmo fiquei a festa toda com minha irmã, então não tenho muito a acrescentar do que ela disse.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Nenhum de vocês teve contato com a Érika durante a festa toda então, têm certeza disso?[/SIZE]
[SIZE=12pt]Os três confirmam que não tiveram contato algum com Érika durante a festa. O detetive, por algum motivo, se mostra interessado no depoimento de Júlio. Em quase todos os momentos ele olha como se estivesse pensando em algo que Júlio pudesse estar escondendo. Júlio percebe isso, mas não demonstra. Poucos momentos depois, os três são liberados e pouco depois André, Mateus e Carolina são chamados. Após se apresentar, o detetive começa o interrogatório, mas pouco depois André começa a alterar a voz, nervosíssimo, gritando que não tinha nada a ver com aquilo tudo e que estava apenas na festa quando tudo aconteceu. O delegado mandou chamarem um policial para prendê-lo, mas o detetive conseguiu convencer o delegado que isso era apenas uma reação e que não seria necessário prender o jovem. Depois que André se acalmou, o detetive conseguiu continuar.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Bem... Sei que é difícil pra vocês estarem aqui, mas preciso que colaborem com a investigação. É muito provável que esse assassinato não seja o único.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Carolina): Detetive, por que você acha isso?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Algumas de nossas investigações mostram que a vítima tinha recebido telefonemas de um número restrito. Nesse momento estamos investigando esse telefonema, mas já sabemos que Érika foi ameaçada antes, mas não deu importância por achar que se tratava de um trote qualquer.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Mateus): Afinal por que estamos aqui se não temos nada a ver com tudo isso?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Infelizmente talvez tenham. Vocês todos chamados aqui pra depor hoje além de estarem na festa na qual Érika morreu conheciam ela de infância ou estudaram com ela. Preciso que me digam se viram ou ficaram com ela durante essa festa.[/SIZE]
[SIZE=12pt](André): Eu fiquei na sala aonde o Júlio tocava as músicas, depois... Não me lembro direito, acabei bebendo muito, mas lembro que pouco tempo depois fui até a sala aonde estavam todos assistindo o filme.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Mateus): Isso é uma loucura! Ninguém aqui seria um assassino frio desse jeito. Como poderíamos matar alguém que conhecíamos assim? Ela era nossa amiga, eu a namorei quando éramos mais novos.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): O problema disso tudo, Sr. Mateus, é que não há como entender a mente de um psicopata – por que quem faz isso é um – e por isso precisamos de tudo isso. Todos os dias policiais de diversas regiões têm que investigar os crimes mais bárbaros possíveis. Talvez em alguns casos o assassino é uma pessoa óbvia, mas o problema é quando esse assassino é aquele namorado que esteve sempre perto.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Mateus): Está me acusando detetive?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Carolina): Calma Mateus. O que o detetive quis dizer é que assassinos desse tipo podem ser qualquer pessoa. Não há como saber.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Exatamente. Poderia nos dizer por onde esteve na festa Sr. Mateus?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Mateus): Eu estive próximo à piscina quase a festa toda. Vi Rafaela lá com Rogério e quando Sabrina foi conversar com ela fiquei com Érika.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Então você teve contato com a vítima...[/SIZE]
[SIZE=12pt](Mateus): Qual é seu problema? Pare de chama-la assim! Ela era uma pessoa como eu e você. Esse monstro que fez isso com ela vai pagar, nem que eu mesmo tenha que ir atrás dele![/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Peço que mantenha a calma ok? Desculpe-me se ofendi você, e saiba que estamos aqui pra fazer o assassino pagar por esse crime.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Mateus): Só a justiça não basta. Érika nunca mais vai voltar por causa dele.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Carolina): Detetive... Sei que é seu trabalho fazer isso, mas realmente estamos todos muito cansados. Ficamos acordados a madrugada inteira e com tudo isso acontecendo estamos exaustos. Por favor, nós contamos tudo o que sabíamos. Eu fiquei também na piscina e depois entrei para assistir o filme.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Conversou com a ví... Érika?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Carolina): Conversei com muita gente. Meu deus, era uma festa. É óbvio que conversamos com todo mundo ali. Não vamos nos lembrar de alguém específico, mesmo se ela que morreu ali.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Está certo. Vocês estão liberados, por enquanto pelo menos.[/SIZE]
[SIZE=12pt]Depois do interrogatório, são chamados os últimos três: Sabrina, Gabriel e Davi. Sabrina acaba tendo uma crise de choro novamente, e Davi, com calma, consegue consolá-la e acalma-la. Os três entram na sala.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Bem, vocês já devem saber por que chamamos vocês aqui.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Gabriel): Claro que sabemos, alguém qualquer morre e vocês resolvem culpar todos em volta.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Davi): Gabriel, você é ridículo.[/SIZE]
[SIZE=12pt]Sabrina volta a chorar e olha Gabriel com fúria.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Alguém qualquer? Qualquer!? Ela era minha amiga, cresceu comigo e foi assassinada daquela forma! Como você pode ser tão frio assim?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Gabriel): Seguinte: eu estou vivo, aqui. Érika nunca ligou pra mim, não me afeta em nada ela morrer.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Seu monstro![/SIZE]
[SIZE=12pt]Sabrina pula pra bater em Gabriel, mas Davi e o detetive conseguem contê-la. Sabrina começa a gritar:[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Tomara que esse assassino pegue você e faça pior do que fez com ela, seu babaca![/SIZE]
[SIZE=12pt](Gabriel): Calma aí tá legal? Ela não era amiga minha e eu já disse que não me faz falta.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Cala a boca! Você só vai deixar ela mais nervosa![/SIZE]
[SIZE=12pt]Sabrina se acalma enquanto Gabriel ainda se mostra indiferente com tudo isso. O detetive prossegue com o interrogatório.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Sabemos que Sabrina esteve a festa inteira com Érika, mas precisamos saber também se vocês dois estiveram com ela.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Gabriel): Eu não. Estava com as outras garotas que se formaram na piscina e vale ressaltar que estavam em muita boa forma.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Você é nojento sabia?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Por favor, sem provocações aqui. Preciso saber se estiveram com Érika durante a noite ou não, se viram algo estranho, apenas isso.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Gabriel): Já disse que não. E será que tem como me liberar logo? Tenho muitas fotos pra tirar com algumas modelos.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Davi): Bem... Eu estive com Érika se não me engano enquanto estávamos dançando.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Sim... Eu fiquei com ela desde que chegamos lá, mas lembro que eu não quis ir dançar e ela foi com você.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Davi): Sim. Lamento muito não poder ajudar mais, mas o único momento em que estive com ela foi esse pelo que eu me lembro. Todos nós lá bebemos, alguns até demais, e lembrar de fatos específicos assim não sei se todos vão conseguir.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Certo. Agora, Sabrina, como já sabemos você ficou com Érika durante a festa correto?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Sim, na verdade me separei dela apenas quando fui conversar com Rafaela; na hora que ela resolveu ir dançar e por fim quando fui assistir ao filme. Érika odiava filmes de terror e por isso não quis ir... Não me conformo por ela ter morrido assim.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Depois que tiraram a música e foram assistir ao filme, Érika ainda conversou com você?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Na verdade, agora me lembro que ela veio sim. Ela me disse que não estava muito bem, mas pra mim ela estava normal, só estava com uma cara estranha, olhava para os lados com muita frequência como se estivesse verificando se alguém estava atrás dela.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Ela disse alguma coisa que possa nos dar uma pista de que alguém realmente estava atrás dela?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Só me lembro que ela disse que iria para o quarto verificar se conseguia falar com a mãe, que está fora do país agora. Depois disso me lembro que ela se retirou. Depois de um tempo assistindo o filme senti falta dela e fui procurar. Então vi aquela cena horrível. Eu tentei, eu juro que eu tentei ajudar ela, mas era tarde demais. Quando entrei lá ela já estava quase morta.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): “Quase”?[/SIZE]
[SIZE=12pt](Sabrina): Quando entrei lá, ela estava se debatendo, mas já era tarde. Algum maníaco já a tinha esfaqueado. Eu corri até ela, ela segurou a minha mão, tentou me dizer algo mas não conseguiu. Ela morreu na minha frente![/SIZE]
[SIZE=12pt](Davi): Calma, Sabrina.[/SIZE]
[SIZE=12pt]Sabrina volta a chorar, Davi tenta consolá-la. De repente, um policial entra na sala.[/SIZE]
[SIZE=12pt](policial): Delegado. Acabamos de terminar o trabalho no celular da vítima. Aqui estão os resultados.[/SIZE]
[SIZE=12pt]O policial entrega um documento ao delegado. Ele começa a ler.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Det. Carlos): Alguma novidade, delegado?[/SIZE]
[SIZE=12pt](delegado): Descobriram o proprietário do telefone celular que ligou para a vítima ameaçando-a. O celular... era da senhorita Sabrina.[/SIZE]
[SIZE=12pt](Davi/Sabrina): M-mas o quê?[/SIZE]
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