Claro. Tanto que o Jango foi sucedido por militares os quais o devia, de acordo com a lei, lealdade. Mas foi à força? Foi de fato um golpe? Eu não posso te afirmar com certeza, pois naquele momento sequer meu pai era nascido, e as informações vindas de ambas as partes para mim, não são confiáveis, mas de acordo com um lado, Jango foi deposto pelo Congresso Nacional e um militar foi escolhido por ele (pelo congresso) para assumir a presidência e devolver a ordem ao país - volto à afirmar que não me permito a acreditar nessa informação nem em uma contrária até que uma prova definitivamente concreta seja apresentada -. Todos nós sabemos que a lealdade máxima de qualquer força militar é para com a pátria, tanto que todos os "regimes" só aconteceram e foram mantidos com tal justificativa.
O comunismo, para alguns, poderia até ser um modo de administração melhor para o Brasil, mas implantar um regime desse em pleno continente Americano, já abalado com o que aconteceu em Cuba (que territorialmente não se passa de uma ilha), um regime semelhante num dos países importantes da América (e de tamanho continental) nos colocaria imediatamente na linha de frente da Guerra Fria. Mesmo nós não tendo ABSOLUTAMENTE nada a ver com a briguinha infantil entre URSS e EUA. Uma guerra entre o Brasil o os Estados Unidos, transformaria nós em o campo de batalha da Terceira Guerra Mundial. Tudo isso significa que, mesmo que contra a vontade, um regime comunista naquele momento nos DESTRUIRIA. É claro, que nesse contexto, a justificativa para a deposição de Jango por segurança nacional é válida. Não há como negar. Mas por quê não simplesmente convocar a população e promover novas eleições? Se fosse para discutir isso, discutiríamos até o fim de nossas vidas. O que não há como negar é que tudo não se passou de um blattlefield indireto usado pelas potências da Guerra Fria.
É claro que muitos morreram aqui. Morreram e não foram só esses 500, basta ter raciocínio lógico para saber disso. Assim como também sabemos, com o mesmo raciocínio lógico, que uma ditadura comunista mataria milhares de vezes mais aqui (assim como aconteceu em todos os outros países com esse tipo de regime), o que claro, NÃO justifica que a democracia seja arrancada daqui para isso "seja evitado" como foi em 64. Devemos lembrar que havia sim um conflito ideológico e havia baixa dos dois lados. Havia quem fosse para Coreia do Norte receber treinamento e voltar para cá, lutar com o exército, tomar uma surra e depois se portar como "vítimazinha", assim como também havia exageros por parte do exército, e perdas por parte dele também. Por mais que não seja oficial, não há como negar que aquilo foi uma pequena guerra e, em uma guerra sempre há baixas. Inocentes morrem numa guerra. INFELIZMENTE é a verdade.
Dizer que o exército esconde fatos daquele período é verdade. Dizer que Dilma esconde fatos daquele período seria mentira? Afinal, por quê uma comissão da verdade foi criada para obter respostas sobre atos do exército e não foi criada uma sobre a "organização" em que Dilma supostamente trabalhou com uma granada na cintura e um AK-47 em punho? Fatos que o ex-marido dela disse não fugiram muito dessa suposição. Ela é acusada até hoje por planejar mortes de soldados, o que seria longe de uma manifestação, seria contra a vida e um crime contra a pátria. Ela mesma não permite a criação de uma comissão para analisar possíveis crimes cometidos por ela e seu grupo... É por este e outros motivos que não defendo nenhum dos dois lados da ditadura. Todos sujos. Lutavam por poder. É o mais óbvio de tudo.
Mas somente pelos fatos já comprovados de que Dilma fez na ditadura, à torna a pessoa mais "perigosa" a se assumir o posto de presidente deste país. De fato é inviável imaginar o nosso exército do lado dela se ela quiser impor um regime ditatorial, evidentemente. Mas não podemos esquecer que exércitos externos a apoiariam. Nesse caso, o perigo é/seria, na minha opinião, maior do que qualquer perigo que supostamente Bolsonaro apresentaria.
Volto a expressar minha opinião de que o exército somente interviria em favor de Bolsonaro (mesmo muitíssimo remotamente) caso de acordo com eles houvesse uma "interferência na democracia". Por exemplo, uma investida (interna ou externa) de querer colocar ou manter alguém a força no comando do país.
Nessas circunstâncias eu posso crer que Bolsonaro poderia vir a ser eleito indiretamente como presidente (MINHA OPINIÃO). É algo que eu vejo impossível de acontecer nos contextos atuais, e mesmo assim, creio representar menos perigo do que o governo Lula apresentou e o de Dilma apresenta.