Não estou interessado no futuro. Estou interessado no futuro do futuro. ROBERT DONICER, 1996 Se disséssemos a um físico em 1899 que em 1999, cem anos mais tarde, imagens em movimento seriam transmitidas para os lares em todo o mundo a partir de satélites no céu; que bombas de uma potência inimaginável ameaçariam as espécies; que os antibióticos aboliriam a doença mas que esta iria contra-atacar; que as mulheres conseguiriam o voto e pílulas para o controlo da reprodução; que a todas as horas milhões de pessoas seriam transportadas pelos ares em aeronaves capazes de levantarem voo e de aterrarem sem o toque humano; que seria possível cruzar o Atlântico a duas mil milhas por hora; que a humanidade viajaria até à Lua para logo em seguida se desinteressar; que os microscópios seriam capazes de ver átomos individuais; que as pessoas transportariam telefones pesando pouco mais de cem gramas ou até menos e que falariam para qualquer parte do mundo sem necessidade de fios; ou que a maior parte destes milagres dependiam de dispositivos com o tamanho de um selo de correio, que utilizavam uma nova teoria designada por mecânica quântica - se o leitor dissesse tudo isto, o físico quase de certeza afirmaria que estava louco.