Dizem que somos projetos de nossos sonhos, mas na verdade somos como somos por nossos fracassos. E quem sabe, talvez nossos momentos felizes, mas no final das contas somos ruínas andantes. Ás vezes confundimos "ser fortes" com estar sobrevivendo ao tempo. Somos os vestígios das decepções passadas que hoje brincam com nossa cabeça cada vez que algo bom se aproxima. E um pouco suicidas por viver anulando o passado, esperando que de alguma forma ele volte para mudar a realidade, afirmando a diferença entre o que somos hoje e o que queríamos ser. Todo tempo passado é melhor, dizem. O passado é nossa base? Nosso presente está maldito pelo que fomos? Não podemos mudar quem somos ou planejar um futuro diferente porque sempre teremos essas lembranças conosco? Pode alguém mudar tanto, de forma que o passado seja apenas uma sombra? Talvez as decepções do que fica pra trás em alguns minutos não sejam o motivo de que sejamos insensíveis e sim o costume a falta de remorsos. E que de tudo que chegamos a conhecer até hoje, conhecer-nos é a tarefa mais difícil. Que nesse novo ciclo que se inicia, conheçamos a nós mesmos e passemos a nos amar cada vez mais perante cada situação, seja ela atormentada ou repleta de serenidade. As decepções são fatos de nossas vidas, mas sempre que pensar em vingar uma delas lembre-se: O perdão é capaz de transformar tubarões em golfinhos e o covarde em guerreiro.